quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como aliviar o tráfego espacial

Há impasse em órbita. Mais de 400 satélites de telecomunicações, além de um número indeterminado de naves espaciais aposentadas com falha ou secretas, ocupa uma banda estreita de espaço cerca de 35000 quilômetros acima da linha do Equador. Agora, os investigadores encontraram uma maneira de aliviar o congestionamento: anexar velas solares de satélites que seriam propulsa 10 a 30 quilômetros Norte ou Sul da órbita padrão. Especialistas dizem que tais velas também poderiam abrir outras posições orbitais que anteriormente eram consideradas inatingíveis.

Satélites de telecomunicações devem permanecer na mesma posição acima terra em todos os momentos — em uma órbita chamada geoestacionária. Graças às leis da gravidade e da mecânica orbital, a única maneira de um satélite manter uma posição geosynchronous tem sido orbitar acima do Equador...

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Fonte: Science

Terra como uma planeta Extrasolar

Impressão de um artista do hot Júpiter planeta HD 209458b transitando na frente da sua estrela de pai, 150 anos-luz de distância na direção da constelação de Pegasus.
Crédito: ESA/Hubble

23 de julho de 2010

Em algum lugar na Via Láctea, astrônomos descobriram um mundo com ingredientes essenciais para a vida. Com um espectrógrafo de alta resolução em starlight refletida na Lua do planeta, pegou vestígios de ozono, oxigênio, sódio e azoto. Infelizmente, o planeta é a terra. Mas os pesquisadores dizem que uma técnica semelhante poderia ser usada para localizar as assinaturas de vida em planetas orbitando outras estrelas.

Os astrônomos descobriram centenas de planetas além do nosso sistema solar, mas eles sabem muito pouco sobre eles. Inquéritos telescópicos geralmente revelam apenas o básico das informações sobre massa de um planeta extra-solar, sua distância de seu pai, e se é susceptível de ser gasoso ou rochosos, como terra. ....
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Fonte: Science

Uma supernova desencadeou a formação do nosso Sistema Solar?

Onda de choque de uma estrela que explodiu há 4,5 bilhões de anos parece ter começado o colapso da nuvem molecular que formou o Sol e nossos vizinhos
por John Matson

NASA, ESA, P. e R. Challis Kirshner (CfA)

Decifrar como foi formado nosso Sistema Solar ainda desafia pesquisadores

Uma estrela morre, outra nasce. Os restos mortais das antigas se tornam parte das novas. Esse é o ciclo astronômico de vida, o motivo pelo qual as estrelas têm evoluído através dos tempos. Cada geração incorpora novos elementos sintetizados nas estrelas que vieram antes. Ao contrário das primeiras estrelas de hidrogênio e hélio, as estrelas de hoje contém elementos mais pesados que suas antecessoras, como carbono, ferro e oxigênio, aumentando assim a taxa de metalicidade.

Além de produzir muitos dos elementos que compõem nosso planeta e nossos corpos, o ciclo estelar de nascimento e morte parece ter estimulado a formação de nosso Sistema Solar há cerca de 4,5 bilhões de anos. De acordo com novo modelo descrito em estudo na edição de 1 de julho do Astrophysical Journal Letters, uma onda de choque de uma estrela massiva que explodiu provavelmente provocou o colapso da nuvem molecular que se tornaria o nosso Sol e planetas vizinhos

Pesquisadores localizaram as impressões digitais de radioisótopos de vida curta. Para estes serem incorporados no Sistema Solar primordial, deve ter ocorrido um cataclisma nas proximidades, algo como uma explosão estelar conhecida como supernova.

Alguns pesquisadores levantaram a hipótese de que os radioisótopos de curta duração podem ter chegado a uma onda de choque forte o suficiente para o colapso da nuvem pressolar, injetando assim material recém-sintetizado no sistema.

“Modelos anteriores não conseguiram liberar material suficiente para estimular o nascimento do Sistema Solar”, diz o co-autor Alan Boss, astrofísico teórico da Instituição Carnegie de Washington. Durante anos ele tentou resolver o mistério da formação do Sistema Solar.

Boss aplica a melhor tecnologia para descobrir a resposta, utilizando um sistema de modelagem tridimensional – processo que exige muito mais poder de computação, mas dá pistas para resolver melhor o mistério da formação do Sistema Solar de uma vez por todas. "A Mãe Natureza é a responsável", diz Boss. "Já sabemos quem é o criminoso, mas queremos saber como foi feito!”, brinca ele.

Fonte: Scientific American Brasil

Quem lucra com o aquecimento global: as marmotas

Verões mais longos permitem que espécie se reproduza com calma
por Katherine Harmon
Cortesia de Raquel Moncius


Marmota em ação: verões de grandes atividades

Enquanto os ursos polares sofrem com a diminuição dos blocos de gelo, outra criatura peluda não se afeta com a mudança climática. Nas últimas três décadas, as marmotas-de-barriga-amarela (Marmota flaviventris) têm se multiplicado muito mais, graças a verões mais longos, de acordo com um novo estudo.

“Essas marmotas geralmente hibernam durante sete a oito meses por ano, o que torna os meses de verão um tempo muito agitado para elas", diz Arpat Özgül, do Departamento de Ciências Biológicas do Imperial College of London e principal autor do novo estudo. "Elas têm de comer muito, ganhar de peso, engravidar, produzir a prole e prepare-se para hibernar novamente."

Mas, como os verões estão cada vez longos, as marmotas têm tempo de fazer tudo isso com um pouco mais de calma, resultando em mais filhotes. Essa preparação extra (para reprodução) significa que "elas são mais propensas a ter sucesso e sobreviver", disse Özgül, cujos resultados foram publicados on-line no dia 21 julho na revista Nature.

Outras criaturas da floresta não têm se saído tão bem com a mudança climática. Um estudo publicado no início desse ano constatou que as populações do carcaju estão em declínio, provavelmente por causa da diminuição da acumulação de neve.

Preparando-se para futuras mudanças, no entanto, é importante estudar os sucessos e fracassos das espécies que tentam sobreviver às alterações climáticas, afirmou Tim Coulson, também do Imperial College e co-autor do estudo. "Se nós pudermos prever melhor como a mudança climática é susceptível de influenciar o mundo natural, talvez possamos descobrir maneiras de ajudar as espécies a conseguir prosperar em nosso no clima alterado”.
Fonte: Scientific American Brasil

Astrônomos registram maior estrela do Universo, que é 265 vezes maior que o sol

LONDRES - Astrônomos britânicos registraram a imagem do que pode ser a maior estrela do Universo. Só para se ter uma ideia, ela tem uma massa 265 vezes maior que o Sol e brilha cerca de 10 milhões de vezes mais.

Há indícios de que a superestrela pode ser uma imensa bomba celeste. Se explodir pode gerar antimatéria suficiente para alterar a dinâmica do Universo.
As imagens foram captadas pelo 'Telescópio Extremamente Grande', localizado no Chile, e que pertence a Organização Europeia para a Investigação Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) - que reúne 14 países. Também foram usadas informações de arquivo capturadas pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa.
Segundo a BBC, a equipe liderada pelo astrofísico Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, calculou que a massa da estrela gigante teria sido 320 vezes maior que a do sol no momento de sua formação, ou seja, pelo menos o dobro da massa da maior estrela já encontrada.
A estrela foi batizada de RMC 136a1 e faz parte do agrupamento de estrelas jovens RMC 136a. Os astrônomos também encontraram outras estrelas imensas no agrupamento NGC 3603.
Ambos agrupamentos estelares foram apelidados de "fábricas de estrelas", já que novos astros se formam constantemente a partir da extensa nuvem de gás e poeira das nebulosas.

Maior estrela do Universo é registrada. Foto: Divulgação

O NGC 3603 fica a 22 mil anos-luz do sol, na Nebulosa da Tarântula, e o RMC 136a fica em uma galáxia vizinha à nossa, a 165 mil anos-luz de distância, a Grande Nuvem de Magalhães.
Segundo o artigo publicado na revista científica 'Monthly Notices of the Royal Astronomical Society', a expectativa é de que estrelas colossais como as encontradas existam apenas durante alguns milhões anos, antes de explodirem.
A existência de estrelas como essas, afirmam astrônomos, era mais comum no início do universo.
" Ao contrário dos humanos, essas estrelas nascem pesadas e vão perdendo peso ao envelhecer "
Planetas
Ainda segundo os cientistas, é pouco provável que alguma dessas estrelas venha a ter planetas orbitando a seu redor, já que demoram mais tempo para serem formados que a "curta" vida das estrelas.
Muitas das estrelas observadas têm temperatura superior a 40 mil graus centígrados - mais de sete vezes superior à temperatura do sol - além de serem dezenas de vezes maiores e milhões de vezes mais brilhantes que o astro.
"Ao contrário dos humanos, essas estrelas nascem pesadas e vão perdendo peso ao envelhecer", disse Crowther.
"Com um pouco mais de um milhão de anos, a estrela mais extrema, a RMC 136a1 já está na 'meia idade' e passou por um programa intenso de 'emagrecimento', perdendo mais de um quinto de sua massa inicial neste período, ou mais de 50 massas solares."
Se a RMC 136a1 substituísse o sol em nosso Sistema Solar, "a sua grande massa reduziria a duração de um ano na Terra para apenas três semanas e banharia o planeta em uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, tornando a vida impossível em sua superfíce", afirma Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, integrante da equipe.
Estrelas como essas são extremamente raras e se formam apenas nos agrupamentos estelares mais densos.
Se houvesse algum planeta dentro do agrupamento RMC 136, o céu nunca escureceria, já que a densidade de estrelas na região é 100 mil vezes maior do que em torno do sol e muitas delas são extremamente brilhantes.
A descoberta ainda confirmou a hipótese anterior dos astrônomos, de que há um tamanho máximo para estrelas, e a RMC 136a1 levou os cientistas a estenderem este limite.

Fonte: Jornal o Globo

Entenda como funcionam os rios voadores - O Globo Online

Entenda como funcionam os rios voadores - O Globo Online



O jato de baixa altitude. Foto: Divulgação/Margi Moss

Ele tem de 200 a 300 quilômetros de largura, milhares de quilômetros de extensão, carrega um volume de água que chega a ser equivalente ao do Rio Amazonas, mas ninguém vê. Isso porque trata-se de um dos maiores "rios voadores" do mundo, uma corrente de vento, conhecida como jato de baixa altitude, que sopra entre um e três quilômetros de altura e traz umidade da Amazônia até a região centro-sul do Brasil. Esse enorme rio, porém, pode ter sua rota e o seu volume alterados pelo aquecimento global e o desmatamento, com graves consequências para a agricultura e produção de energia no país.


O maior rio voador brasileiro nasce onde os principais rios "terrestres" do país deságuam, o Oceano Atlântico. A ação do Sol sobre a região equatorial do mar evapora grande quantidade de água. Esta umidade é carregada pelos ventos alísios, que sopram de leste para oeste, para a Região Norte do Brasil. No total, são cerca de 10 trilhões de metros cúbicos de água por ano que chegam à Amazônia na forma de vapor. Parte cai como chuva, enquanto outra parte segue até encontrar a muralha da Cordilheira dos Andes. Lá, precipita como neve, que quando derreter vai alimentar os rios da Bacia Amazônica. A maior parte da chuva que cai sobre a floresta, no entanto, volta a evaporar, numa proporção que pode chegar a 75%, conta Pedro Leite da Silva Dias, diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo.
" O clima não é só atmosfera. É o oceano, o Sol, a terra, as plantas. O clima é interação "
É esta umidade que vai dar corpo ao rio voador da Amazônia, que flutua então sobre a Bolívia, o Paraguai e os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, podendo alcançar ainda Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, levando a maior parte das chuvas para todas essas regiões.
O desmatamento da Amazônia pode secar, e muito, o rio aéreo, alerta Pedro Dias. Enquanto um metro quadrado de mar evapora um litro de água por dia, uma área equivalente da floresta perde entre oito e nove litros diários. Nesse processo, o maior rio voador brasileiro pode até dobrar de volume, atingindo uma vazão similar à do Rio Amazonas, que despeja cerca de 200 milhões de litros de água no Oceano Atlântico por segundo. Mas, segundo Dias, modelos climáticos mostram que, sem a floresta, a quantidade de chuva que cai na Amazônia diminuiria em até 30%. Além disso, sem as árvores a região perderia a capacidade de armazenar parte da umidade, o que faria com que o rio voador corresse mais depressa, provocando tempestades severas no sul do Brasil e na Bacia do Prata.
- Daí a preocupação com o impacto climático do uso da terra na Amazônia. Sem a cobertura vegetal, teríamos menos 15% a 30% das chuvas lá, com impactos semelhantes nas bacias adjacentes e aumento da frequência de eventos extremos. O clima não é só atmosfera. É o oceano, o Sol, a terra, as plantas. O clima é interação - destaca Dias.

Para melhor compreender como funciona este rio voador, sua rota e influência no clima e no regime de chuvas no Brasil e na América do Sul é que teve início, em 2007, o projeto Rios voadores. Idealizado pelo aviador e ambientalista Gerard Moss, ele conta com a participação de cientistas de diversas instituições brasileiras, entre eles Dias. Pilotando um monomotor modelo Sertanejo, da Embraer, Moss realizou, entre 2008 e o início do ano passado, 12 campanhas, nas quais recolheu mais de 500 amostras da umidade que corre no rio voador sobre o céu brasileiro, passando por cidades como Belém, Santarém, Manaus, Alta Floresta, Porto Velho, Cuiabá, Uberlândia, Londrina e Ribeirão Preto. Para tentar identificar a origem, a dinâmica e o deslocamento das massas de ar e da água, foi feito um estudo de isótopos de hidrogênio (H2, deutério) e oxigênio do vapor d'água recolhido por Moss. Estas amostras foram analisadas pelo Laboratório de Ecologia Isotópica da USP, no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), em Piracicaba. Nelas, ficou confirmado que grande parte da água do rio voador vem mesmo da Floresta Amazônica.
- Por terem propriedades físico-químicas distintas, as moléculas de água que contêm esses isótopos comportam-se diferentemente nos processos de evaporação, transpiração e condensação do vapor d'água - explica o engenheiro agrônomo Eneas Salati, diretor da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e coordenador científico do projeto.

Fonte: Jornal o Gobo

Telescópio registra imagem de estrela gigante no fim da vida

Pesquisadores conseguiram registrar uma nova imagem espetacular da estrela WR 22, que fica próxima à Nebulosa de Carina. As imagens foram feitas pelo intrumento Wide Field Imager, do ESO, no Observatório de La Silla, no Chile. A WR 22 está a mais de 5 mil anos-luz da Terra e é tão brilhante que pode ser observada a olho nu.

As estrelas de grande massa como esta costumam ter vida curta. Algumas delas emitem, no final da vida, uma radiação tão intensa que libertam matéria para o espaço milhões de vezes mais depressa que as estrelas relativamente calmas, como é o caso do Sol.

Estrelas como esta são raras, e são conhecidas como estrelas Wolf-Rayet, em homenagem a dois astrónomos franceses que as identificaram em meados do século XIX. A WR 22, que aparece no centro da imagem, tem uma massa pelo menos 70 vezes a massa do Sol.
Fonte: Jornal o Gobo

domingo, 25 de julho de 2010

Sistema Solar


Nosso Sistema solar é enorme. Quando chegarmos a atingir Plutão, estaremos tão distante que o Sol - nosso querido e queridinho Sol, que nos mantém vivos e nos bronzeia a pele - terá encolhido até o tamanho da cabeça de um alfinete. Ele não passará de uma estrela brilhante.

Breve História de quase tudo - Bill Bryson

Por que as correntes de ar atrapalham a estabilidade dos aviões?


por Pedro Ribeiro

Porque ao incidirem sobre a aeronave, provocam uma redistribuição das forças que agem sobre ela durante o vôo; a sustentação e o arrasto (resistência) aerodinâmicos, o peso e também a tração proporcionada pelos motores. Dessa maneira, as correntes de ar alteram a estabilidade, provocando vibrações no avião. De acordo com o engenheiro aeronáutico Maurício Pazini Brandão, do Instituto de Tecnologia Aeronáutica, de São José dos Campos, SP, a estabilidade é a propriedade que faz com que o avião retorne a um estado de equilíbrio após sofrer alguma perturbação. Tal qualidade se deve principalmente à geometria do corpo, da cauda e das asas, que, na maioria das aeronaves, são projetados para dar maior estabilidade.

Revista Superinteressante

De onde é extraída a gelatina que usamos como alimento?


por Roseli Salvador

Do colágeno, única proteína animal em estado sólido, encontrado no couro ou nos ossos de animais, como o porco ou o boi. “Depois de extraído, o colágeno passa por um processo químico para retirar a gordura e outras impurezas”, explica a engenheira de alimentos Adilma Scamparini, da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. Geralmente a gelatina à venda nos supermercados é obtida do couro de boi.

Revista Superinteressante