quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ciência preconceituosa

Psicóloga inglesa afirma que interpretações forçadas de pesquisas nos fazem pensar que diferenças entre homens e mulheres são explicadas pelo cérebro
Tiago Cordeiro

Existem questões fisiológicas e cerebrais que determinam os comportamentos diferentes entre homens e mulheres, como o fato de que eles dirigem melhor e entendem matemática com facilidade e elas são ótimas na comunicação e em relacionamentos interpessoais. Certo? Errado, muito errado. Para a psicóloga inglesa Cordelia Fine, essa noção, que ocupa espaço nos jornais e páginas de livros muito populares sobre comportamento humano, vem de uma interpretação rasa de pesquisas, muitas vezes, malfeitas. Em seu terceiro e mais recente livro, Delusions of Gender (Ilusões de Gênero, sem edição no Brasil), a pesquisadora, que tem Ph.D. pela Universidade College London, defende que a ciência é a grande culpada pela disseminação dessas noções sexistas e desmitifica estudos importantes feitos nessa área. O sexo de quem conduz cada estudo, segundo ela, pode determinar ou enviesar o resultado da pesquisa. Cordelia, que já participou desse tipo de experimento, fala sobre o papel sexista da ciência nesta entrevista exclusiva.

*Como a ciência ajudou a reforçar estereótipos a respeito de homens e mulheres?
Cordelia Fine: No século 19, os médicos da Inglaterra vitoriana pensavam que o cérebro menor e mais leve das mulheres explicava sua suposta inferioridade intelectual. Atualmente, uma ideia muito difundida é que o cérebro masculino é mais especializado que o feminino, e por isso os homens tenderiam a usar um lado para processar a linguagem e o outro para lidar com as informações espaciais. Em contraste, as mulheres usariam os dois lados para tudo. Essa noção não tem apoio nas evidências, mas escritores populares se apegam a isso para justificar preconceitos antigos, como o de que homens são melhores em matemática e as mulheres têm mais habilidade para relacionamentos.

*Você tem outros exemplos claros dessa manipulação?
Fine: Uma pesquisa que eu cito em meu livro, feita por psicólogos da Universidade de Cambridge, aponta que, quando um menino vê um celular, ele se preocupa com o aparelho, enquanto a menina repara na foto da tela. Acontece que sempre há a chance de o aparelho ser levemente movimentado diante dos meninos para reforçar o resultado esperado. Em outro caso, um estudo da Universidade de Londres com crianças desclassificou um brinquedo antes caracterizado como “masculino” porque as garotas testadas o adoraram. Outro estudo, desta vez nos Estados Unidos, apontou que as garotas passaram o dobro do tempo entretidas com brinquedos supostamente de meninos do que com femininos. Mas o dado foi omitido do resultado final. Posso garantir: nesse tipo de pesquisa, dados que não confirmem a tese original do pesquisador são ignorados.


*Centenas de estudos apontam essas diferenças. Estão errados?
Fine: De fato, esse tipo de pesquisa pipoca o tempo todo, mas todos têm sérios problemas de metodologia. Em primeiro lugar, costumam ser realizados com amostragens quase insignificantes — o resumo que a imprensa usa para escrever reportagens não costuma deixar isso claro, mas muitas são feitas com algo entre quatro e oito pessoas. É muito pouco.

*Mas as diferenças entre os cérebros existem, não?
Fine: Sem dúvida. Na média, homens têm cérebros maiores e contam com um pequeno grupo de células do hipotálamo ligeiramente maiores. Identificar essas características é fácil e atraente porque pode ser traduzido em imagens. Mas não estamos falando de um órgão estático. O cérebro se desenvolve e se adapta de acordo com o ambiente em que a pessoa está. Os circuitos de neurônios são, em grande parte, resultado do meio físico, social e cultural no qual vivemos. O fato é que trata-se de um órgão tremendamente complexo e ainda estamos muito longe de entendê-lo. Não sabemos qual o efeito real de uma amídala um pouco maior ou um córtex frontal direito ser mais ativo em homens, por exemplo.

*Se homens e mulheres vivessem em igualdade de tratamento, as diferenças de comportamento entre eles desapareceriam?
Fine: Não conhecemos uma única sociedade que tenha conseguido acabar totalmente com o sexismo, mas acredito que sim. Quer dizer, haveria tantos homens quanto mulheres engenheiros, escritores, matemáticos, bons motoristas, capazes de exercer a empatia, por exemplo. Por outro lado, quando o ambiente evidencia as diferenças de gênero, elas se tornam ainda mais fortes. É um efeito em cascata que garante que qualquer executiva americana de sucesso da atualidade seria uma dona de casa na década de 40.
Revista Galileu

Cientista de 17 anos perto da cura do câncer

Chinesa que vive nos EUA descobriu forma de diagnosticar tumores com precisão e destruí-los sem afetar as células sadias do paciente

Clarissa Mello
Rio - Com apenas 17 anos, uma jovem conseguiu realizar um feito que cientistas tentam há décadas: elaborar uma substância capaz de localizar com precisão células cancerígenas e destruí-las sem afetar as sadias. A descoberta da chinesa Angela Zhang (que se autointitula “Cinderela Nerd”) promete revolucionar a área de pesquisa oncológica no que diz respeito ao tratamento de tumores — ao menos pelos próximos 15 anos.

Para chegar à biomolécula, a chinesinha americanizada que vive na Califórnia investiu dois anos de sua vida no projeto. Enquanto suas amigas dedicavam-se a escolher o melhor vestido para abocanhar o bonitinho da escola, a jovem selecionava a dedo — ou melhor, microscópio — a nanopartícula ideal para fisgar tumores.

Tanta abdicação foi motivada por sua família: seu bisavô teve câncer de fígado e seu avô morreu de câncer no pulmão. O esforço rendeu uma bolsa de estudos de R$ 170 mil — o equivalente a ao menos 400 vestidinhos.


Foto: Arte: O Dia


Ela trabalhou em uma área muito promissora, a de nanotecnologia, e conseguiu utilizar essa inovação não só no tratamento do câncer, mas também no diagnóstico. A descoberta permite que os tumores possam ser visualizados de forma muito mais precisa por meio da ressonância magnética”, explica a coordenadora de Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Pilar Estevez.

Segundo Pilar, a melhor vantagem da pesquisa de Angela é reduzir os efeitos colaterais do tratamento. “Uma vez que o medicamento foi colocado numa molécula programada para se unir somente a células com características de câncer, a droga só vai atuar nessas células doentes. Manter as outras células sadias é um passo importante para evitar os efeitos colaterais típicos da quimioterapia, por exemplo”, disse. “Mas é cedo para dizer que é a cura do câncer. O que há hoje são buscas de opções de tratamento. E ainda são necessários testes em humanos”, pondera Pilar.
Jornal O Dia

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Qual a função da água no corpo humano?


Sandra Reiko Kawasaki
A água, que representa cerca de 70 por cento do peso de um homem, é indispensável à vida, pois exerce uma série de funções. Para citar apenas algumas: transporta alimentos, resíduos e sais minerais; lubrifica tecidos e articulações; conduz glicose e oxigênio para o interior das células; e regula a temperatura. Tudo isso é possível porque “a água é o solvente biológico universal, ou seja, permite que outros elementos reajam entre si, formando novos compostos”, explica Roberto Douglas, professor de Fisiologia da Santa Casa de São Paulo.
Revista Superinteressante

Açúcar para evitar cáries


Açúcar para evitar cáries

O xilitol, um tipo de açúcar encontrado na madeira e em algumas frutas pode ajudar a prevenir o aparecimento de cáries.Tweet Pesquisa realizada na Finlândia com crianças de 11 e 12 anos mostrou que o xilitol, um tipo de açúcar extraído da madeira, mas encontrado também em ameixas, framboesas e morangos, pode ajudar a prevenir o aparecimento de cáries. As crianças que participaram da pesquisa foram divididas em dois grupos, um dos quais mascou chicletes de xilitol diariamente durante dois anos. Observou-se depois que as crianças que, mascaram esses chicletes tinham 80 por cento a menos de cáries do que as outras. A experiência foi animadora.

Decorridos mais três anos, mesmo longe dos chicletes, elas ainda tinham 51 por cento menos cáries. Segundo o bioquímico Carlos Eduardo Pinheiro, da Faculdade de Odontologia da USP em Bauru, além de não fermentar, o xilitol modifica a atividade bacteriana da placa dentária, impedindo o aparecimento da cárie. Ainda assim, os dentistas advertem: mais de 6 gramas diários podem provocar diarréia. Como a quantidade de xilitol nos chicletes é mínima, isso equivaleria ao consumo de 400 unidades por dia.
Revista Superinteressante

Os potes plásticos que usamos na cozinha liberam substâncias que fazem mal à saúde?

Plásticos do mal
Sonia Hess

Uma série de estudos – em animais e humanos – já comprovou os riscos para a saúde do plástico em contato com alimentos. Especialista sugere, portanto, que as pessoas pensem duas vezes antes de beber café no copinho plástico, por exemplo. (foto: Sxc.hu)

Sim, alguns tipos de plástico têm substâncias que atuam como interferentes endócrinos, ou seja, modificam o equilíbrio hormonal do corpo, podendo causar danos e doenças. É o caso dos ftalatos, dos alquilfenóis e do bisfenol A – já proibido em vários países e ainda aceito no Brasil.

A exposição e a ingestão dessas substâncias pelo contato com a comida podem provocar inúmeros problemas de saúde. Pesquisas com animais apontam para um aumento dos riscos de desencadear diabetes do tipo 2 e hipertensão, além de distúrbios sexuais.

A exposição do feto a essas substâncias ocasiona alterações de forma em órgãos ligados à reprodução, como útero, vagina, glândulas mamárias e próstata. Experimentos com ratas grávidas e seus filhotes recém-nascidos mostram que a ingestão dessas substâncias resulta ainda em obesidade e mudanças no comportamento, como hiperatividade, aumento da agressividade, problemas de aprendizagem e reação alterada para estímulos de dor ou medo.

Já existem estudos epidemiológicos que comprovam a correlação entre a concentração de bisfenol A no sangue e o desenvolvimento de doenças em seres humanosQuanto ao bisfenol A, especificamente, é importante destacar que já existem estudos epidemiológicos que comprovam a correlação entre a sua concentração no sangue e o desenvolvimento de doenças em seres humanos, como obesidade; síndrome dos ovários policísticos; hiperplasia do endométrio; diabetes e mau funcionamento do fígado.

As quantidades de bisfenol A, ftalatos ou alquilfenóis existentes em cada tipo de plástico variam de acordo com cada fabricante. A verificação da presença dessas substâncias só é possível com análises químicas em laboratório.

Mas podemos afirmar que quanto maior o tempo de contato com o plástico, a temperatura e o teor de gordura do alimento, maior é a taxa de transferência desses compostos para o interior dos alimentos.

Portanto, o leitor deve pensar duas vezes antes de esquentar potes de plástico no micro-ondas ou beber café no copinho de plástico.


Sonia Hess
Instituto de Química
Universidade Federal de Santa Catarina

Revista Ciência Hoje

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Energia e sustentabilidade

Materiais novos e reutilizáveis podem extrair CO2 direto do ar
Umair Irfan e ClimateWire
©Todd Klassy/ Shutterstock

Pesquisadores desenvolveram uma nova classe de materiais que podem pronta e eficientemente absorver dióxido de carbono de uma chaminé ou mesmo diretamente da atmosfera. As substâncias podem ajudar a aliviar problemas associados com as emissões de dióxido de carbono, como a mudança climática e a acidificação dos oceanos.

Na University of Southern California, cientistas usaram um polímero chamado polietilenoimina (PEI) como base para seus novos materiais, que ofereceu diversas vantagens em relação às estratégias existentes para filtrar carbono. “É de fácil preparo”, explicou Alain Goeppert, cientista pesquisador sênior do Loker Hydrocarbon Research Institute, da USC.

O polímero é revestido com uma substância chamada sílica pirogênica em diferentes quantidades para determinar o revestimento ideal. “É muito mais fácil que a síntese de outros adsorvedores, por exemplo estruturas orgânicas metálicas”, ressaltou Goeppert. A adsorção refere-se aos átomos que aderem à superfície de um determinado material, em oposição à absorção, na qual os átomos permeiam o material.

“É ainda mais barato”, acrescentou ele, observando que a PEI está disponível para venda comercial a baixo custo.

Para recolher o dióxido de carbono, Goeppert explicou que o material pode ser embalado em colunas, que são então inseridas em condutos e chaminés das fábricas e usinas geradoras de energia. O adsorvedor recolhe o dióxido de carbono conforme os gases residuais fluem através dele. Quando satura, o dispositivo PEI é substituído.

Os materiais PEI também têm uma afinidade forte o suficiente com o dióxido de carbono para removê-lo diretamente do ar, onde está presente em concentrações muito baixas e fatores, como a umidade, impedem outros adsorvedores.

Impulso para produzir material “a preço de banana”

O átomo de nitrogênio no polímero forma uma ligação reversível ao carbono na presença do gás. Quando o adsorvedor é aquecido acima de 100ºC, ele libera o carbono. Isso permite que o material seja reutilizado, mas também cria uma maneira fácil de coletar e concentrar dióxido de carbono.

O gás recolhido pode então entrar em ação, convertendo-o em combustível, de acordo com G. K. Surya Prakash, professor de química da USC, que conduziu o estudo com Goeppert. Ele prevê uma economia estruturada em torno da reciclagem do carbono em vez da mineração de mais combustíveis fósseis e acredita que os PEI sejam um passo nessa direção.

“Estamos interessados em captar CO2 porque acreditamos que ele é a melhor fonte de carbono para a humanidade. Como químico, alerto as pessoas: 'Ei, pessoal! CO2 é a solução'”, conta Surya. “A Terra não tem um problema energético, tem um problema de transmissor de energia”.

No entanto, ainda pode levar algum tempo até que os materiais PEI tenham uso generalizado. “Para aplicar o CO2, ainda há trabalho a ser feito”, adverte Surya, que quer melhorar a durabilidade dos materiais e diminuir os custos, já baixos, ainda mais. Antes do PEI ser aceito, “ele precisa ter preço de banana”, completa.

Goeppert, Surya e seus colaboradores, inclusive o ganhador do prêmio Nobel, George Olah, publicaram suas descobertas em novembro do ano passado no Journal of the American Chemical Society. O trio também expôs a sua visão sobre combustíveis sintéticos em “Além do petróleo e do gás: A economia do metanol”.


Scientific American Brasil

Relógio do Apocalipse avançou 1 minuto

Desastre nuclear de Fukushima e interesse por energia nuclear intensificou a preocupação de cientistas
Stephanie Pappas e LiveScience
Flickr / Bilal Lashari

Em um sinal de pessimismo sobre o futuro da humanidade, cientistas acertaram semana passada os ponteiros do infame "Relógio do Juízo Final", adiantando-o em um minuto em relação a dois anos atrás.

"Faltam, agora, cinco minutos para meia-noite", anunciou em 10 de janeiro Kennette Benedict, diretor do Bulletin of the Atomic Scientists (BAS), em conferência de imprensa em Washington, DC.

Isso representa um passo simbólico para mais perto do fim do mundo, uma mudança em relação à leitura anterior, que indicava seis minutos para meia-noite, estabelecida em janeiro de 2010.

O relógio é um símbolo da iminente ameaça de destruição da humanidade por armas nucleares ou biológicas, por alterações climáticas e por outros desastres de causa humana. Ao deliberar sobre como atualizar a hora no relógio, o Bulletin of the Atomic Scientists concentrou-se no estado atual dos arsenais nucleares em todo o mundo, em eventos desastrosos, como o derretimento da usina nuclear em Fukushima e em questões de biossegurança, como a criação de uma cepa de H5N1 capaz de se disseminar através do ar.

O Relógio do Juízo Final foi criado em 1947, como uma maneira de cientistas atômicos advertirem o mundo sobre os perigos das armas nucleares. Naquele ano, o Bulletin definiu o horário “sete minutos para meia-noite”, onde meia-noite simboliza a destruição da humanidade. Em 1949, o relógio indicava três minutos para meia-noite devido à deterioração da relação entre os Estados Unidos e a União Soviética. Em 1953, após o primeiro teste com a bomba de hidrogênio, o relógio do juízo final avançou para dois minutos para meia-noite.


O Bulletin estava em seu momento mais otimista em 1991, com o degelo da Guerra Fria e quando os Estados Unidos e a Rússia começaram a reduzir seus arsenais. Naquele ano, o relógio marcava 17 minutos para meia-noite.

A partir de então, e até 2010, porém, ocorreu um retorno gradual rumo à destruição, quando as esperanças de desarmamento nuclear total desapareceram e as ameaças de terrorismo nuclear e as mudanças climáticas ergueram suas cabeças. Em 2010, o Bulletin viu alguma esperança em tratados de redução de armamentos e em negociações climáticas internacionais e, atrasou o ponteiro dos minutos do Relógio do Apocalipse para seis minutos para meia-noite, de seu horário anterior, cinco para a meia-noite.

Com a decisão atual, o Bulletin repudiou esse otimismo. No processo de tomada da decisão, a comissão leva em conta um elenco de tendências de longo prazo e eventos imediatos, disse Benedict. As tendências consideradas podem incluir fatores como aperfeiçoamento de tecnologias baseadas em energia solar para melhor combater as mudanças climáticas, disse ela, ao passo que acontecimentos políticos, como a recente reunião das Nações Unidas sobre o clima realizada em Durban também desempenharam um papel. Neste ano, o desastre nuclear de Fukushima causou uma grande impressão.

"Estamos tentando avaliar se foi um sinal de alerta, se o acidente fará as pessoas examinarem mais detidamente essa nova e extremamente poderosa tecnologia, ou se as pessoas vão seguir como se nada de anormal tivesse ocorrido", disse Benedict à LiveScience.

Entre outros fatores que influenciaram a decisão estão o crescente interesse pela energia nuclear por parte de países como a Turquia, Indonésia e os Emirados Árabes Unidos, disse Benedict.

O Bulletin concluiu que apesar das esperanças de acordos em âmbito mundial sobre armas nucleares, energia elétrica de origem nuclear e mudanças climáticas, pouco progresso foi alcançado em 2010.

"O mundo ainda tem aproximadamente mais de 20 mil armas nucleares prontas a serem acionadas e com poder suficiente para destruir 'muitas vezes' os habitantes do mundo", disse Lawrence Krauss, professor da Arizona State University e co-presidente do Conselho de Patrocinadores do BAS. "Temos também a perspectiva de armas nucleares serem usadas por terroristas não estatais".

Da mesma forma, conversações sobre mudanças climáticas resultaram em pouco progresso, a comissão concluiu. Na realidade, parece que fatores políticos prevaleceram sobre considerações científicas nas discussões dos últimos dois anos, disse Robert Socolow, um professor de engenharia mecânica e aeroespacial em Princeton e membro da diretoria de Ciência e Segurança do Bulletin.

"Precisamos de liderança política para afirmar a primazia da ciência como forma de conhecimento, ou os problemas ficarão bem mais graves do que já estão", disse Socolow.
Scientific American Brasil