domingo, 23 de março de 2014

Curiosidades...


E se não houvesse decomposição?
Do cheiro ruim de animais mortos à gasolina do seu carro, muita coisa não existiria. Mas a principal mudança é na alimentação. Comeríamos como astronautas 
Raphael Soeiro

Só lembramos dela quando esquecemos uma maçã no fundo da geladeira. Mas a decomposição é um processo essencial do ciclo da vida. "Graças a ela, a matéria orgânica, aquela que forma os seres vivos, é degradada e retorna à natureza, tornando-se disponível para que outros organismos a utilizem novamente", explica a bióloga da USP Ana Maria Gouw. A decomposição é um processo complexo em que, basicamente, matéria orgânica se transforma em minerais. É por meio dela que é possível reciclar a vida no planeta. Sem esse processo, ela seria linear. Por exemplo, uma floresta usaria os nutrientes do solo para se desenvolver. Mas as árvores morreriam e, como não sofreriam decomposição, o solo não seria enriquecido por seus nutrientes e ficaria pobre para alimentar uma nova geração de árvores e outras formas de vida. "A vida na Terra existe porque há um fluxo de energia e nutrientes entre os seres vivos", diz Gouw. "Se não houvesse a decomposição, os nutrientes ficariam retidos nos cadáveres e nenhuma nova vida poderia ser produzida". O único jeito de a vida continuar seria fazer essa reciclagem de nutrientes em laboratório. Uma maneira um tanto mais elaborada do que já ocorre com os astronautas, que bebem a própria urina reciclada. Nada apetitoso. Por falar nisso, as refeições não seriam lá muito agradáveis. E a geladeira seria só um frigobar.

Se é podre, é bom
Por que a decomposição é tão necessária para a abundância de vida no planeta. E na mesa

PALEONTÓLOGOS FELIZES

O trabalho deles seria facilitado. Afinal de contas, os restos de dinossauros e homens do passado não seriam restos, mas corpos intactos. Seria possível reconstruir a história com mais precisão e rapidez. Mesmo assim, não seria tão fácil encontrar animais, pois é provável que desde a Antiguidade o homem queimasse toda matéria morta. Questão de espaço.

MINIGELADEIRA
Ela seria um eletrodoméstico excêntrico, que poucos teriam, tipo uma máquina de sorvete. Porque é justamente para isso que ela serviria: preservar o sorvete, gelar bebidas etc. Teríamos despensas maiores, pois elas guardariam toda nossa comida. E os alimentos, mesmo sem apodrecer, ainda teriam, muitas vezes, embalagem. Afinal, a contaminação e a sujeira ainda existiriam no planeta.

BUFFET DE CÁPSULAS
Não haveria uma cadeia alimentar natural, com plantas que se alimentam de nutrientes do solo e animais que comem essas plantas etc. Precisaríamos retirar em laboratório os nutrientes da matéria orgânica morta. E dá para tirar bastante coisa, apesar de não parecer apetitoso. Só do sangue, por exemplo, poderíamos retirar açúcares, ferro e sódio, entre outros.

CREMA, CREMADOR

Queimar pessoas mortas não é tão bem aceito em algumas culturas. Estima-se que 107 bilhões de pessoas já passaram pela Terra desde o surgimento do Homo sapiens. Se todos esses corpos estivessem por aí, eles ocupariam, lado a lado, uma área quase do tamanho do Uruguai. Não dá. Gigantescos cemitérios subterrâneos seriam necessários - e a cremação seria mais popular.

ANGRA 9
Não haveria combustível fóssil, que é formado pela decomposição orgânica. Tchau, gasolina. E, com o planeta mais pobre em nutrientes, não ocuparíamos espaço para produzir etanol, que é feito de cana ou milho. Então, exploraríamos mais o urânio, que hoje já abastece submarinos. Como o Brasil tem a sétima maior reserva do mundo, a energia nuclear seria algo comum aqui.

BORAT ÁRABE

Esqueça Dubai e outros lugares ricos que lucram com o petróleo. Sem ele, seriam regiões desérticas como outras quaisquer. Quem assumiria o posto provavelmente seria o Cazaquistão, maior produtor de urânio do mundo. Ele seria um país muito mais notório e conhecido. E o ator Sacha Baron Cohen escolheria outra terra natal, mais excêntrica e pouco famosa, para seu personagem Borat. Tipo Dubai.

Fontes Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Ana Maria Gouw, bióloga e educadora da USP; Population Reference Bureau
Revista Superinteressante

Notícias Ciência Fácil



Máquina faz pão durar dois meses
Novo forno de microondas destrói os fungos naturalmente presentes no pão e faz com que ele não se decomponha 
 Salvador Nogueira e Bruno Garattoni

O aparelho, que foi criado pela Universidade do Texas e poderia ser usado em padarias, é um forno de microondas que destrói os fungos naturalmente presentes no pão - fazendo com que ele não se decomponha e dure até 60 dias. O objetivo é coibir o desperdício (os EUA jogam fora cerca de 40% da comida que compram).
Revista Superinteressante

Efeito do cigarro dura 3 gerações


Pesquisa aponta que a nicotina pode desligar genes necessários para a formação dos pulmões - e essa mudança é transferida aos descendentes do fumante.
Salvador Nogueira e Bruno Garattoni

O cigarro gera alterações fisiológicas que passam por gerações e podem afetar eventuais descendentes - se uma mulher que fuma tiver filhos ou netos, eles já nascerão com maior risco de desenvolver asma. Essa é a conclusão de um estudo recém-publicado pela Universidade da Califórnia, que fez experiências para medir o efeito da nicotina (princípio ativo do cigarro) em ratos de laboratório. Segundo os pesquisadores, a nicotina tem o poder de desligar genes necessários para a formação correta dos pulmões - e essa mudança é transferida aos descendentes do fumante.
Revista Superinteressante

Zodíaco das doenças

Marcelo Bortoloti, Sérgio Gwercman e Rafael Kenski

Não, a ciência não se rendeu aos horóscopos. Tampouco chegou o tempo em que médicos recorrerão às colunas de jornal para emitir diagnósticos. Mas algumas pesquisas independentes estão mostrando que existe, sim, uma ligação entre o mês do ano em que nascemos e nosso futuro. Ou, pelo menos, nossa saúde. Até o horário pode nos fazer mais sucetíveis a algumas moléstias (veja quadro ao lado). Parece coisa de astrologia, mas é uma questão de sazonalidade: as estações do ano possuem características ambientais que interferem no nosso organismo. E, para um bebê que está nos primeiros meses de formação, essa influência é especialmente delicada.

Diversos estudos, feitos em centros de pesquisa nos Estados Unidos, Inglaterra, Japão e Alemanha, chegaram a conclusões nessa linha (leia abaixo). Um exemplo: cientistas suspeitam que, no frio do inverno, a falta de raios solares e nutrientes de vegetais típicos de verão à disposição da gestante possa afetar o organismo do bebê. Da mesma forma, a exposição do recém-nascido a alguns vírus sazonais pode enfraquecer seu sistema imunológico para o resto da vida. As associações vão ainda mais longe: acredita-se que a exposição do feto à gripe pode levar ao desenvolvimento de problemas cerebrais como dislexia ou mal de Parkinson – sabe-se que essas doenças são mais recorrentes em pessoas que nasceram no fim da primavera ou início do verão. As ligações ainda não foram completamente esclarecidas, mas a partir das estatísticas cientistas acreditam poder encontrar a origem de algumas doenças com causa ainda desconhecida. “A importância dessas pesquisas é que, em geral, elas apontam a existência de diversos riscos passíveis de afetar o bebê durante a gravidez”, diz Emmanuel Mignot, professor de psiquiatria da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. Ou seja, as doenças podem chegar antes mesmo de nascermos.

Horóscopo de hipocondríaco
As previsões para ofuturo da sua saúde


Janeiro

Moléstia típica: Autismo

Causas: Não se sabe. A pesquisa do Centro de Saúde Mental Yehuda Abarbanel, em Israel, levou em conta apenas dados estatísticos. Mas comprovou que dois meses do ano concentram as maiores taxas de nascimento de autistas. No hemisfério sul, eles seriam janeiro e agosto.

Outras doenças do mês: Diabetes, leptospirose e doença de Crohn

Fevereiro

Moléstia típica: Déficit de atenção, que provoca dificuldades nos estudos e relacionamentos

Possíveis causas: Falta de nutrientes escassos no inverno e gestações marcadas por dietas mal reguladas. Atingiriam especialmente os bebês que atravessaram os primeiros meses pós-concepção no frio de junho e julho

Outras doenças do mês: Asma

Março

Moléstia típica: Depressão

Possíveis causas: Carência de calor e raios solares. Estudo da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, ouviu 40 mil pessoas e concluiu que quem passa os seis primeiros meses de vida no inverno tende a ser mais pessimista. Quase 60% dos nascidos no período que antecede o frio se consideram azarados e são mais propensos à depressão

Outras doenças do mês: Eczema e asma

Abril

Moléstia típica: Doenças de pele

Possíveis causas: Clima seco nos primeiros meses de vida e ressecamento precoce da pele. Os efeitos da baixa umidade do ar nos bebês foi demonstrado por cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão, que entrevistaram 33 mil jovens

Outras doenças do mês: Asma, bronquiolite e pneumonia

Maio

Moléstia típica: Bronquiolite e pneumonia

Possiveis causas: O vírus sincicial respiratório, mais incidente no final do outono e princípio do inverno. Ele afeta principalmente os recém-nascidos, que mais tarde podem desenvolver uma série de doenças no pulmão. No Brasil, a incidência do vírus atinge seu pico no mês de maio

Outras doenças do mês: Infecções no pulmão e problemas cardiovasculares

Junho

Moléstia típica: Esquizofrenia

Possíveis causas: A exposição do feto a um vírus sazonal no segundo trimestre da gravidez, quando o cérebro está em formação. O estudo foi feito por cientistas da Dinamarca, que pesquisaram as relações entre estações do ano e desordens comportamentais

Outras doenças do mês: Bronquiolite e pneumonia

Julho

Moléstia típica: Hipersensibilidade alérgica

Possíveis causas: Contato com grãos de poeira ou alguns tipos de pólen nos primeiros três meses de vida. Cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, afirmam que crianças com primeira infância na primavera correm risco de desenvolver alergias a certos grãos de pólen nos 20 anos seguintes

Outras doenças do mês: Mal de Alzheimer, epilepsia e esquizofrenia

Agosto

Moléstia típica: Narcolepsia, doença que causa ataques de sono incontroláveis

Possíveis causas: Não se sabe, mas uma pesquisa com mais de 800 portadores de narcolepsia na França, Canadá e Estados Unidos comprovou que o número de sonolentos nascidos às vésperas da primavera é significativamente maior

Outras doenças do mês: Esclerose múltipla, epilepsia, autismo

Setembro

Moléstia típica: Baixa longevidade

Possíveis causas: Não se sabe, mas uma pesquisa do Instituto Max Planck, da Alemanha, comparou mais de 1 milhão de óbitos e constatou que os nascidos na primavera vivem menos e tendem a adoecer mais após os 50 anos

Outras doenças do mês: Leucemia, dislexia, esclerose múltipla

Outubro

Moléstia típica: Esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que causa atrofiamento dos músculos e pode ser fatal

Possíveis causas: Falta da vitamina D, sintetizada no corpo pela ação do sol. Nos meses de inverno, a menor incidência de raios solares faz diminuir no organismo da gestante esse tipo de vitamina

Outras doenças do mês: Dislexia, mal de Parkinson

Novembro

Moléstia típica: Anorexia

Possíveis causas: Exposição da gestante a um vírus de inverno, especialmente o da gripe. De acordo com um estudo feito pelo Hospital Royal Cornhill, da Escócia, o risco de anorexia em mulheres nascidas nessa época do ano é de 10% a 15% maior

Outras doenças do mês: Diabetes, esclerose múltipla

Dezembro

Moléstia típica: Diabetes

Possíveis causas: Infeções intra-uterinas aumentam a predisposição à doença. A relação foi estabelecida pela alta incidência de diabetes nos casos de síndrome da rubéola congênita. Outra influência é um vírus intestinal que ataca grávidas nessa época. As conclusões são de uma pesquisa da Universidade de Oxford, na Inglaterra Outras doenças do mês: Dislexia, déficit de aprendizagem


Relógio biológico
Doenças quese valem do horáriopara atacar

Manhã - Das 6h às 12h

Moléstia típica: Infarto

Possíveis causas: Aumento natural da pressão arterial, que diminui durante a noite. Outro indutor é o funcionamento pleno do sistema de coagulação sanguínea, que pode bloquear vias coronárias estreitas

Outras doenças: Depressão e dengue

Tarde - Das 12h às 18h

Moléstia típica: Gripe e dificuldades respiratórias

Possíveis causas: A diminuição do hormônio cortisol no sangue deixa mais frágil o sistema imunológico. O corpo também fica mais vulnerável à poluição e ao monóxido de carbono

Outras doenças: Dengue e malária

Noite - Das 18h às 24h

Moléstia típica: Febre

Possíveis causas: O horário tem o pico da variação natural da temperatura humana. No começo da noite, o calor do corpo atinge 37 0 C. Para os que já estão com o organismo aquecido, a febre arde com maior intensidade

Outras doenças: Dor nas costas e irritações na pele

Madrugada - da 0h às 6h

Moléstia típica: Crise de asma

Possíveis causas: A diminuição da concentração de adrenalina e cortisol no sangue e o estreitamento dos brônquios. A mudança, imperceptível para a maioria das pessoas, é suficiente para deflagrar a crise em asmáticos Outras doenças: Ataques na vesícula biliar, diabetes e úlcera 
Revista Superinteressante

sábado, 22 de março de 2014

Notícias Ciência Fácil

Glória em Vênus
Espetáculo luminoso observado em outro planeta pela primeira vez revela propriedades de nuvens

C. Wilson/P. Laven/ESA
Essa imagem simulada mostra como uma glória seria vista em Vênus (esquerda) e na Terra (direita).
 
George Musser e Revista Nature

Se você olhar pela janela de um avião e observar sua sombra nas nuvens, poderá ter a sorte de ver uma ‘glória’: um padrão de círculos concêntricos, parecido com um pequeno arco-íris circular em tons pastel ao redor da sombra. A sonda Venus Express, da Agência Espacial Europeia, obteve a primeira imagem desse fenômeno em outro planeta. A imagem foi captada em 24 de julho de 2011 e publicada esta semana. A Nature explora como as glórias ocorrem, como são diferentes de arco-íris e o que essa descoberta significa.

O que produz uma glória?

Assim como um arco-íris, uma glória é essencialmente uma imagem altamente distorcida do Sol refletida por gotículas de água ou outros aerosois na atmosfera. A maneira como ela se forma, porém, difere em detalhes importantes do efeito de prisma que produz o arco mais vasto de um arco-íris, e sua física é surpreendentemente sutil. Tentativas realizadas por teóricos em óptica para compreender como funcionam as glórias não tiveram sucesso até os anos 80, quando o físico Moysés Nussenzveig, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostrou que sua principal causa é um processo conhecido como “tunelamento de ondas”. Isso acontece quando raios de sol refletidos por uma gotícula não entram de fato nela – como é o caso dos arco-íris – mas simplesmente passam por perto. De qualquer forma, isso altera as ondas eletromagnéticas dentro da gotícula. Essas ondas ficam se movendo ali dentro e acabam tunelando para fora, enviando raios de luz de volta na direção em que vieram. A ressonância no interior da gotícula depende do comprimento de onda, e por isso a luz branca é dividida no espectro de cores.

Quando é possível ver uma glória?

Para ver uma glória é preciso ficar de costas para o Sol, para que os raios refletidos voltem na direção de sua linha de visão. Um bom local de observação, além de uma janela de avião, é um pico montanhoso que fique acima das nuvens ou da neblina. O padrão em forma de alvo envolverá a sombra projetada por sua cabeça – dando-lhe a aparência de um santo da iconografia cristã. De fato, admiradores do fenômeno especulam que todos os halos que vemos ao redor da cabeça de santos e místicos na verdade são reproduções de glórias atmosféricas. Samuel Taylor Coleridge descreveu a aura no poema “Constância a um Objeto Ideal”. Devido ao preciso alinhamento visual necessário, cada pessoa verá a glória ao redor de sua própria cabeça, mas não de outras.

O que cientistas já observaram?

A Venus Express, que orbita o planeta-irmão da Terra desde 2006, observou glórias em abril e em julho de 2011. Quando a sonda estava de costas para o Sol, ela observou diretamente as nuvens de Vênus e identificou o característico padrão de círculos concêntricos, com cerca de 1.200 quilômetros de diâmetro. Wojciech Markiewicz do Instituto Max Planck para a Pesquisa do Sistema Solar em Göttingen, na Alemanha, e seus colaboradores, relatam a descoberta em um artigo que deve ser publicado em Icarus. Ainda que a missão Pioneer dos anos 70 e 80 tenha observado arcos de nuvem [cloudbows], que são um outro tipo de fenômeno, essa é a primeira observação de uma glória extraterrestre completa.

Essa descoberta serve algum propósito maior, ou é só uma coisa bonitinha?

A glória é um indicador sensível das condições nas nuvens de Vênus que, além de serem compostas de ácido sulfúrico e envolverem completamente o planeta, há muito fascinam cientistas planetários. Essas nuvens contribuem para o efeito estufa que torna Vênus tão infernal. Alguma substância nas nuvens é responsável por metade da energia solar absorvida pelo planeta, e dá ao planeta sua cor amarelada. Mas pesquisadores ainda não sabem que substância é essa.

O simples fato de uma glória conseguir se formar sugere que as gotículas de água têm forma esférica e tamanho uniforme. De acordo com a equipe de Markiewicz, a posição dos aneis concêntricos indica que as gotículas têm 1,2 micrômetros de diâmetro, e o brilho relativo de aneis diferentes indica que o índice de refração do fluído da gotícula excede o do ácido sulfúrico. A imagem simulada, à esquerda, mostra como o tamanho reduzido das partículas das nuvens de Vênus (se comparadas aos típicos 10 a 40 micrômetros de nuvens terrestres) faz com que as bordas coloridas fiquem mais distantes do que pareceriam a partir da Terra. Markiewicz e coautores sugerem que as gotículas têm cloreto de ferro no interior ou átomos de enxofre na camada externa. Os dois componentes foram sugeridos em 1980 como candidatos a esse misterioso absorvedor, e ambos são interessantes para a história geral do planeta. O enxofre está ligado ao vulcanismo e ao aquecimento decorrente de efeito estufa; o cloreto de ferro levanta a pergunta: o que teria lançado compostos de ferro a 70 quilômetros de altura?

Este artigo foi reproduzido com permissão da revista Nature. O artigo foi publicado pela primeira vez em 14 de março de 2014.
Revista Scientific American Brasil