sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Planeta 'perdido' mais próximo da Terra é detectado



SALVADOR NOGUEIRA

Astrônomos acabam de identificar o que parece ser um planeta errante vagando pelo espaço, sem orbitar ao redor de nenhuma estrela.

Não é o primeiro objeto do tipo a ser identificado, mas certamente é o mais próximo. Designado CFBDSIR2149, ele tem 4,7 vezes a massa de Júpiter e está a cerca de 100 anos-luz da Terra (cerca de 950 trilhões de quilômetros).

E, nesse caso, proximidade é muito importante. Sem luz própria, esses astros só irradiam calor (infravermelho). Quanto mais distantes, mais difíceis de observar.

Outra vantagem é que ele está vagando pelo espaço junto com um agrupamento de estrelas chamado associação estelar AB Doradus.

Caso o planeta errante pertença também ao grupo desde o início (há uma chance de ele ter sido "capturado" gravitacionalmente mais tarde, mas é bem pequena), é possível especular com mais segurança sobre suas propriedades (sendo possível, por exemplo, determinar sua idade e confirmar que se trata mesmo de um objeto planetário).

PRIMEIRO DE VÁRIOS

Os astrônomos esperam que o estudo aprofundado do CFBDSIR2149, inicialmente investigado com observações do VLT (Very Large Telescope), do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, permita a compreensão de toda uma classe de astros semelhantes, até hoje pouquíssimo estudada.

"Esse objeto poderá ser usado como base de dados para compreender a física de qualquer exoplaneta semelhante que seja descoberto com futuros sistemas especiais de imagens de elevado contraste", diz Philippe Delorme, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, na França, o autor principal do estudo.

O trabalho ajudará a compreender como planetas podem ser ejetados de seus sistemas para se tornarem objetos errantes, sem estrela mãe, ou até mudar o paradigma do que entendemos por formação planetária, caso fique claro que ele não foi ejetado de lugar algum e se trata de um objeto planetário, e não uma anã marrom, tipo de estrela que não conseguiu se formar.

O trabalho foi publicado na última edição do periódico "Astronomy & Astrophysics".

Folha de S. Paulo

domingo, 18 de novembro de 2012

Quantos planetas já foram descobertos até hoje?


Fernando Badô

Até esta matéria ser escrita, cerca de 150 planetas haviam sido descobertos. Esse número não é exato porque novos planetas são descobertos o tempo todo, assim como equívocos são admitidos. Às vezes, os cientistas acham que descobriram um planeta (que gira em torno de estrelas), mas depois vêem que era só uma lua (que orbita planetas) ou cometa com trajetória errante. Se encontrar um novo planeta parece fácil, descobrir vida fora da Terra tem sido até agora uma tarefa impossível. Quase todos os planetas da lista são gigantes gasosos, com massa milhares de vezes superior à da Terra. Pela experiência com planetas desse tamanho no sistema solar, é muito provável que a maioria deles tenha atmosfera tóxica e uma imensa gravidade, detonando qualquer chance de vida. Até agora, o candidato mais forte a ter vida é um planetinha ainda sem nome, descoberto em junho deste ano. Ele fica na órbita da estrela Gliese 876d, a 9,5 trilhões de quilômetros de distância da gente. O maior motivo de esperança dos astrônomos é que esse candidato a Terra não é feito quase só de gás, mas principalmente de rocha e metais, assim como o nosso planeta. "Esse é o menor planeta fora do sistema solar já detectado e o primeiro de uma nova classe de planetas rochosos. É como se fosse um primo maior da Terra", afirma o astrônomo Paul Butler, da Carnegie Institution, nos Estados Unidos.
Terra à vista?Planeta a 9,5 trilhões de quilômetros pode ter condições de vida

HOT, HOT, HOT

Pela proximidade da estrela Gliese 876d, o planeta é um forno. Os cientistas acham que um termômetro por lá marcaria algo entre 200 e 400 ºC! Quem quisesse curtir esse calor infernal veria no horizonte um sol vermelho e dois planetas gigantes gasosos vizinhos

GRANDE E DURO

Calma, não é o que você está pensando: o planeta é cerca de 5 a 8 vezes maior que a Terra. Ele é grande, mas não é um gigante gasoso, que têm massa centenas de vezes maior. Especula-se que o solo seja rochoso, contendo provavelmente níquel e ferro

QUASE HUMANOS

Para o ser humano, esse planeta seria muito quente e muito tóxico. Mas, hipoteticamente, poderia haver seres humanóides. Eles precisariam ter pele bem grossa, resistente a altas temperaturas e à radiação estelar, além de ser capazes de respirar excesso de vapor

SOLZINHO MIXURUCA

O planeta está a 3,2 milhões de quilômetros de sua estrela, Gliese 876d. Isso é só 2% da distância entre a Terra e o Sol. Mas Gliese 876d é uma anã vermelha com um terço da massa do nosso Sol, e que produz cerca de 10% do calor da nossa estrela

VAPOR VITAL

Aqui começam semelhanças maiores com a Terra. "É possível que a atmosfera tenha uma densa camada de vapor d’água", afirma o astrônomo americano Gregory Laughlin, da Universidade da Califórnia. Com água no ar, aumenta a possibilidade de vida, especialmente de formas simples como microorganismos
A vida mora ao ladoCientistas buscam microorganismos em dois lugares do sistema solar

LUA EUROPA

Dados da sonda espacial Galileu mostram que essa lua de Júpiter pode ter um oceano congelado. "Isso sugere que o ambiente conseguiria suportar a vida", diz o astrofísico americano Mark Burchell, da Universidade de Kent

MARTE

A passagem dos robozinhos Spirit e Opportunity pelo planeta vermelho em 2004 indicou a possibilidade de haver água congelada e gases na atmosfera, o que pode dar condições para que nosso vizinho tenha pelo menos algum micróbio vivo
Revista Mundo Estranho

Como é feita a leitura biométrica de íris e retina?


por Sheyla Miranda

Com máquinas que produzem imagens dos olhos em altíssima resolução e comparam as informações com um banco de dados. Mas os processos de identificação são diferentes: a leitura da retina analisa a formação dos vasos sanguíneos que irrigam o fundo do olho, enquanto o da íris examina os anéis coloridos e pontos existentes em torno da pupila. Por ser mais complexa, a decodificação da íris é mais segura e usada em maior escala. A biometria começou a ganhar destaque no começo do século 19 devido ao uso de traços físicos na resolução de casos judiciais. Mas toda essa precisão sai cara: uma leitora de retina custa em média R$ 8 mil, e uma de íris, pelo menos R$ 4 mil.

Olho no lance

O início do processo é diferente para a análise de íris e de retina - mas, no final, tudo vira matemática

ESCRITO COM SANGUE

Na identificação da retina, é registrado o desenho dos vasos sanguíneos dentro do olho. O indivíduo deve ficar imóvel e olhar, levemente arregalado, para a câmera da máquina de biometria, que emite, por cerca de cinco segundos, uma luz branca pulsada de baixa intensidade

LIGUE OS PONTOS

Para a leitura da íris, que identifica pontos e anéis na faixa colorida do globo ocular, o processo dura apenas três segundos. A luz (que pode ser infravermelha, para que a pupila se dilate) faz um movimento vertical sobre o olho. A distância comum entre o olho e a câmera é entre 7,5 e 25 cm

QUAL o SEU NÚMERO?

A imagem capturada ganha uma representação matemática, decodificada por um algoritmo, para que o computador possa compará-la às outras do arquivo. Cada tipo de biometria tem um ou mais algoritmos - da retina são dois e, da íris, cinco. Todos eles são patenteados

ACESSO LIBERADO

O sistema pode cruzar o resultado matemático com outro dado, como o RG, para identificar o indivíduo entre todos os cadastrados. Ou então usar apenas esse resultado para buscar a pessoa no arquivo. Sistemas avançados podem varrer 10 milhões de registros em apenas dois segundos

• Além dos olhos e das digitais, a biometria pode ser aplicada ao timbre da voz e até mesmo à escrita de uma pessoa

Fontes Ricardo Yagi, especialista em tecnologias biométricas e diretor da empresa ID-TECH, e sites The Biometrics Resource e The Biometric Consortium
Revista Mundo Estranho

O que é a Teoria da Relatividade?




É a idéia mais brilhante de todos os tempos - e certamente também uma das menos compreendidas. Em 1905, o genial físico alemão Albert Einstein afirmou que tempo e espaço são relativos e estão profundamente entrelaçados. Parece complicado? Bem, a idéia é sofisticada, mas, ao contrário do que se pensa, a relatividade não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. A principal sacada é enxergar o tempo como uma espécie de lugar onde a gente caminha. Mesmo que agora você esteja parado lendo a Mundo Estranho, você está se movendo - pelo menos, na dimensão do tempo. Afinal, os segundos estão passando, e isso significa que você se desloca pelo tempo como se estivesse em um trem que corre para o futuro em um ritmo constante. Até aí, nenhuma novidade bombástica. Mas Einstein também descobriu algo surreal ao constatar que esse "trem do tempo" pode ser acelerado ou freado. Ou seja, o tempo pode passar mais rápido para uns e mais devagar para outros. Quando um corpo está em movimento, o tempo passa mais lentamente para ele.

Se você estiver andando, por exemplo, as horas vão ser mais vagarosas para você do que para alguém que esteja parado. Mas, como as velocidades que vivenciamos no dia-a-dia são muito pequenas, a diferença na passagem do tempo é ínfima. Entretanto, se fosse possível passar um ano dentro de uma espaçonave que se desloca a 1,07 bilhão de km/h e depois retornar para a Terra, as pessoas que ficaram por aqui estariam dez anos mais velhas! Como elas estavam praticamente paradas em relação ao movimento da nave, o tempo passou dez vezes mais rápido para elas - mas isso do seu ponto de vista. Para os outros terráqueos, foi você quem teve a experiência de sentir o tempo passar mais devagar. Dessa forma, o tempo deixa de ser um valor universal e passa a ser relativo ao ponto de vista de cada um - daí vem o nome "Relatividade". Ainda de acordo com os estudos de Einstein, o tempo vai passando cada vez mais devagar até que se atinja a velocidade da luz, de 1,08 bilhão de km/h, o valor máximo possível no Universo.

A essa velocidade, ocorre o mais espantoso: o tempo simplesmente deixa de passar! É como se a velocidade do espaço (aquela do velocímetro da nave) retirasse tudo o que fosse possível da velocidade do tempo. No outro extremo, para quem está parado, a velocidade está toda concentrada na dimensão do tempo. "Einstein postulou isso baseado em experiências de outros físicos e trabalhou com as maravilhosas conseqüências desse fato", diz o físico Brian Greene, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, autor do livro O Universo Elegante, um best seller que explica em linguagem simples as idéias do físico alemão. Mas as descobertas da Relatividade não param por aí. Ainda em 1905, Einstein concluiu que matéria e energia estavam tão entrelaçadas quanto espaço e tempo. Daí surgiu a célebre equação E = mc2 (energia = massa x a velocidade da luz ao quadrado), que revela que uma migalha de matéria pode gerar uma quantidade absurda de energia.

Por fim, em 1916, Einstein examinou a influência do espaço e do tempo na atração entre os corpos e redefiniu a gravidade - até então, a inquestionável física clássica de Isaac Newton (1642-1727) considerava apenas a ação da massa dos corpos. Sua Teoria da Relatividade, definida em uma frase dele mesmo, nos deixou mais próximos de "entender a mente de Deus".
Uma descoberta genialEinstein mostrou que espaço, tempo, massa e gravidade estão intimamente ligados

1 - Segundo o físico alemão Albert Einstein, tudo no Universo se move a uma velocidade distribuída entre as dimensões de tempo e espaço. Para um corpo parado, o tempo corre com velocidade máxima. Mas quando o corpo começa a se movimentar e ganha velocidade na dimensão do espaço, a velocidade do tempo diminui para ele, passando mais devagar. A 180 km/h, 30 segundos passam em 29,99999999999952 segundos. A 1,08 bilhão de km/h (a velocidade da luz), o tempo simplesmente não passa

2 - Uma conseqüência dessa alteração da velocidade do tempo é a contração no comprimento dos corpos. Segundo a Teoria da Relatividade Especial - a primeira parte da teoria de Einstein, elaborada em 1905 -, quanto mais veloz alguma coisa está, mais curta ela fica. Por exemplo: quem visse um carro se mover a 98% da velocidade da luz o enxergaria 80% mais curto do que se o observasse parado

3 - Na chamada Teoria Geral da Relatividade (a segunda parte do estudo, publicada em 1916), Einstein usou a constatação anterior para redefinir a gravidade. Isso pode ser demonstrado com um exemplo simples: em alguns tipos de brinquedo comum em parques de diversões, a rotação da máquina mantém as pessoas grudadas na parede pela força centrífuga, como se houvesse uma "gravidade artificial".

4 - A gravidade real também funciona assim. O Sol curva tanto o espaço ao seu redor que mantém a Terra em sua órbita - como se ela estivesse "grudada na parede", lembrando o exemplo do brinquedo. Já a força que prende as pessoas ao chão é a curvatura criada pela Terra no espaço ao seu redor. Einstein também descobriu que, quanto maior a gravidade, mais lento é o ritmo da passagem do tempo. Por isso, ele chamou essa força de "curvatura no tecido espaço-tempo".

5 - Uma aplicação prática da Relatividade é a calibragem dos satélites do GPS, que orientam aviões e navios. Pela Relatividade Especial, sabe-se que a velocidade de 14 mil km/h dos satélites faz seus relógios internos atrasarem 7 milionésimos de segundo por dia em relação aos relógios da Terra. Mas, segundo a Relatividade Geral, eles sentem menos a gravidade (pois estão a 20 mil km de altitude) e adiantam 45 milionésimos de segundo por dia. Somando as duas variáveis, dá um adiantamento de 38 milionésimos por dia, que precisa ser acertado no relógio do satélite. Portanto, se não fosse pela teoria de Einstein, o sistema acumularia um erro de localização de cerca de 10 quilômetros por dia.

Um novo livro da coleção "Para Saber Mais" - editado pela revista Superinteressante - ajuda você a mergulhar fundo nestas fascinantes idéias de Einstein. Teoria da Relatividade, do físico Oscar Matsura já está nas bancas.
Revista Mundo Estranho

Pneumonia é a doença que mais mata menores de cinco anos no mundo

Infecção mata anualmente no mundo 1,2 milhão de crianças com menos de cinco anos, estima a Organização Mundial de Saúde
Rio - A pneumonia é a doença que mais mata crianças menores de 5 anos e chega a ser responsável por 18% do total de mortes nessa faixa etária.
Pneumonia: doença afeta o pulmão | Foto: Reprodução Internet

De acordo com a Organização Mundial da Sáude (OMS), mais de 99% dos óbitos provocados pela pneumonia são registrados em países em desenvolvimento, onde a maioria das crianças não tem acesso ao sistema de saúde.

No Dia Mundial contra a Pneumonia, lembrado nesta segunda-feira, a OMS pediu que os governos deem prioridade a esforços para reduzir as mortes provocadas pela doença, consideradas preveníveis.

De acordo com a organização, a pneumonia é um dos problemas mais passíveis de solução no cenário da saúde global. Ainda assim, uma criança morre pela infecção a cada 20 segundos.

“Mais esforços precisam ser feitos em investimentos na proteção, na prevenção e no tratamento de crianças contra as duas maiores causas de mortalidade infantil – a pneumonia e a diarreia”, destacou a OMS.

A pneumonia é uma forma aguda de infecção respiratória que afeta os pulmões e pode ser tratada por meio de antibióticos, mas apenas 30% das crianças infectadas recebem o tratamento adequado.

A estimativa é que a doença mate 1,2 milhão de crianças menores de 5 anos todos os anos no mundo, mais que os óbitos provocados pela aids , pela malária e pela tuberculose juntas.
As informações são da Agência Brasil
Jornal O Dia

Energia solar e eólica brasileira têm sido menosprezadas

Energia solar e eólica brasileira têm sido menosprezadas, diz relatório
Relatório mostra que novas tecnologias ajudariam a aumentar porcentagem de energias alternativas na matriz energética, mas não há incentivo de políticas públicas

Brasília - O potencial de energia solar e eólica no Brasil tem sido menosprezado nas políticas públicas do setor energético. A avaliação de um grupo de organizações não governamentais que acompanham o setor foi divulgada, nesta segunda-feira, na segunda edição do relatório O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade.
Parque Eólico de Aracati, no Ceará: políticas públicas poderiam incentivar melhor eficiência no setor | Foto: Divulgação

De acordo com o documento, com as tecnologias disponíveis atualmente para aproveitamento de energia solar, seria possível atender a 10% de toda a demanda atual de energia elétrica com a captação em menos de 5% da área urbanizada do Brasil. Os estudos apontam que, no caso da energia eólica, o potencial inexplorado chega a 300 gigawatts (GW), o que equivaleria a quase três vezes o total da capacidade instalada atualmente no país.

“A questão central é que há uma necessidade de abrir um debate mais amplo entre governo e sociedade. Criticamos as premissas usadas para estimar a demanda [por energia], que são baseadas apenas no PIB [Produto Interno Bruto]”, disse o geógrafo Brent Millikanm, diretor do Programa Amazônia da ONG International Rivers – Brasil.

Segundo ele, com mais espaço de discussão em diferentes setores, o governo conseguiria definir “um planejamento mais amplo que mostre quais as reais necessidade do país e como atender com mais eficiência e menor custo social e ambiental”.

A ausência de uma política de incentivos para a inovação tecnológica e a ampliação da escala de produção de energia têm prejudicado a expansão de outros potenciais elétricos do país, apontam os pesquisadores.

Para os representantes das organizações não governamentais (ONGs) Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace Brasil, Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, International Rivers – Brasil, Amazon Watch e WWF – Brasil,a falta desses estímulos prejudica diretamente os resultados da indústria nacional. “É importante termos uma política mais voltada para eficiência que é fundamental para competitividade industrial”, acrescentou Millikanm.

Os dados apresentados no documento mostram que os investimentos privados em energia renovável no Brasil cresceram 8% em 2011, saltando para US$ 7 bilhões – impulsionados, principalmente, pelo potencial da energia eólica. Em todo o mundo, os investimentos em energia renovável chegaram a US$ 237 bilhões, em 2011, superando os US$ 223 bilhões gastos, no mesmo ano, para a construção de novas usinas movidas a combustíveisfósseis.

Os pesquisadores acreditam que, além de direcionar melhor as demandas, os debates com a sociedade poderiam orientar as estratégias do setor baseado na realidade das regiões e nos potenciais impactos que poderiam gerar.

Millikanm explica que a composição do Conselho de Política Energética, responsável pela aprovação dos planos do setor, refletem a atual situação.

“Deveria ter representantes da sociedade civil e de universidades nesse conselho, mas, essas cadeiras estão vazias. Isso é emblemático da falta de diálogo. Se tivesse um debate mais aberto, tomariam decisões melhores para a sociedade. Como existem parcerias muito fortes das grandes empreiteiras e de outras empresas, como as de mineração, a política pública acaba sendo desviada para alguns interesses”, criticou.

Procurados pela reportagem da Agência Brasil, os ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não se pronunciaram sobre o estudo.
As informações são da Agência Brasil
Jornal O Dia